12 de Abril de 2023
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
NOTA DE IMPRENSA
O IX Conselho Consultivo Alargado do Ministério das Relações Exteriores, que decorre sob o lema “O MIREX e a Acção Diplomática Angolana no Actual Contexto Internacional: Desafios e Perspectivas”, entrou, esta quarta-feira, 12 de Abril, no segundo dia de trabalho.
Os participantes, reunidos na Academia Diplomática “Venâncio de Moura”, localizada na Centralidade do Kilamba, em Luanda, estão a debruçar-se sobre a “Estratégia da Política Externa Angolana no País de acreditação”, com apresentações em sub-grupos, divididos pelas regiões África e Médio Oriente, Europa, América e Ásia.
Ontem à tarde, a dissertação do Professor Redento Pedro Carlos Maya, Decano da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, abordou a necessidade de “Angola poder redefinir a sua política de relações bilaterais” com as grandes potências mundiais, como a China, os Estados Unidos da América e a Federação Rússia, independentemente do posicionamento multilateral dos espaços de integração política, económica e regional em que o país está associado, nomeadamente União Africana, SADC e CPLP”.
O Professor Redento Pedro Carlos Maya é de opinião que Angola deve identificar mais potenciais parceiros estratégicos, para aumentar rápida e significativamente a produção alimentar, reforçando, ao mesmo tempo, a diversificação económica para sectores-chave de autonomia estratégica nacional.
Os presentes ouviram do professor a “necessidade de Angola envolver-se de forma muito mais proactiva, em projectos internacionais no domínio das energias renováveis e não carbonizadas.”
Redento Pedro Carlos Maya inclui, na mesma ideia, a sustentabilidade ambiental, nomeadamente, no que tange à “utilização de recursos aquíferos”, estreitando relações com outros países produtores de petróleo que já têm uma experiência consolidada neste domínio, que inclui a dessalinização e a purificação de água doce não potável.
Para o Decano da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, o MIREX tem necessidade de mudanças estratégicas na sua grelha curricular da formação de diplomatas, pois, “no mundo pós-moderno, não existe espaço para acordos bilaterais que não tenham capacidade para retroalimentar a economia dos países mais pobres”.
Esclareceu que é preciso buscar na diplomacia económica o que de mais importante Angola possui, que é o seu ecossistema, como as florestas, rios, solos, clima, e vender aos países desenvolvidos a taxa fundamental do mercado de carbono.
GABINETE DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E IMPRENSA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES (GCII-MIREX), em Luanda, aos 12 de Abril de 2023.-